A eleição de Dilma Roussef à Presidência da República, que os brasileiros consagraram neste domingo, é mais um passo – um passo decisivo – no processo inaugurado em 2002 com a eleição do Presidente Lula. Um passo que deverá impulsionar ainda mais a construção de um Brasil democrático, soberano e socialmente justo.
Esse “terceiro mandato democrático e popular” (para usar a expressão do portal Vermelho, em seu editorial deste domingo, 31) terá pela frente não apenas o desafio de manter e aprofundar o patrimônio transformador legado pelo Presidente Lula, como de criar novos caminhos de avanço social
Reduzir as desigualdades sociais, que ainda não grandes em nosso País, aperfeiçoar nossa ainda frágil democracia, fortalecer a soberania nacional sempre ameaçada por hegemonismos agressivos são alguns dos desafios que a Presidente Dilma Roussef terá pela frente a partir de 1o de janeiro próximo.
Enfrentar esses desafios essenciais significa promover reformas estruturais e, por decorrência, atingir interesses das elites que tradicionalmente mandaram no Brasil. As reformas política, tributária e agrária, a quebra do monopólio midiático, a preservação da soberania brasileira sobre o pré-sal são alguns desses desafios. Algo, portanto, que exigirá a permanente mobilização do povo brasileiro e a sólida união das forças políticas democráticas e progressistas, nucleadas pela esquerda.
A Presidente Dilma Roussef tem todas as condições para trilhar com sucesso essa trajetória. Seu consistente pronunciamento após o anúncio da vitória, no domingo à noite, apontou convicções firmes e disposição para seguir adiante a partir do legado de Lula. Contará com maioria no Senado e na Câmara dos Deputados, o apoio de boa parte dos governadores e um amplo respaldo social.
Sobre as eleições presidenciais deste ano ainda cabe exame mais minucioso. Há considerações várias e lições a extrair. Mas, por ora, o fato mais alvissareiro é que o Brasil amanheceu nesta segunda-feira tendo espantado o fantasma do retrocesso. Mantém-se no caminho certo, com muito ainda a caminhar, mas no rumo certo. Resta agora o robustecimento da frente política formada em torno da candidatura Dilma, um campo de forças capaz de sustentar e impulsionar o avanço. Disseram-me ontem que o Presidente Lula, a partir de janeiro, se dedicará, entre outras, a essa tarefa estratégica. Mais uma vez, alvíssaras!
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