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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
"Contestado - Restos Mortais"
Trinta e nove anos depois de lançar o premiado “Guerra dos Pelados”, o cineasta Sylvio Back volta ao tema da mais importante guerra civil brasileira que, entre 1912 e 1916, conflagrou o Oeste do Paraná e Santa Catarina. O documentário “Contestado – Restos Mortais”, que leva Back a concorrer ao Kikito no Festival de Cinema de Gramado deste ano, é classificado pelo cineasta como um “docudrama”, mescla de ficção e documento. Em suas mais de duas horas de duração, o filme mostra depoimentos de filhos de rebelados do Contestado, entrevistas com historiadores e a percepção de 30 médiuns que Back coloca na cena do confronto para “ouvir” a história oculta, invisível da guerra. “A presença dos médiuns”, explica o cineasta, “é o elemento-chave para dotar o discurso audiovisual de uma vertente incomum no gênero documentário”.
Catarinense de Blumenau, onde nasceu há 73 anos, foi durante as três décadas que viveu em Curitiba que estruturou a maior parte de sua vasta obra de 37 curtas-metragem e 11 longas, entre as quais “Aleluia Gretchen” (1976), “Revolução de 30” (1980), “República Guarani” (1982), “Guerra do Brasil” (1987), “Rádio Auriverde (1991), “Cruz e Souza, o poeta do Desterro” (1999), “Lost Zweig” (2003) e agora a revisita em “Contestado – Restos Mortais”. Há 24 anos Back reside no Rio de Janeiro.
A revolta camponesa foi massacrada após 13 expedições militares e de três a cinco mil mortos e outros milhares de feridos e mutilados. “Consegui formatar uma narrativa única e inimitável, onde vou ao âmago de uma história insepulta que o Brasil precisa homenagear com as merecidas exéquias mortais”, diz o cineasta que, logo após o festival de Gramado, lançará “Contestado – Restos Mortais” no circuito nacional, a partir de Florianópolis. Em setembro iniciará novo projeto: o documentário “O Universo Graciliano”, sobre a vida, obra e morte do grande romancista alagoano.
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Bom saber que Sylvio Back continua na ativa...
ResponderExcluirMelhor ainda que o próximo projeto será sobre meu conterrâneo Graciliano...